Há muito tempo se ouvia falar de um possível acordo entre TAM e LAN nos bastidores da aviação. A empresa chilena há tempos vem expandindo suas operações na América do Sul através de filiais, como LAN Argentina e LAN Perú, e outras empresas parceiras, e tinha grande interesse em ingressar no lucrativo mercado brasileiro. A TAM procurava formas de se consolidar no concorrido mercado internacional, tanto que passou a fazer parte da Star Alliance em 2010.
Apesar de já ser esperado algum entendimento entre as empresas, o anúncio de fusão feito ontem à tarde pela brasileira surpreendeu a todos, pois não havia nenhuma informação "vazando" por aí. A nova aérea manterá as marcas LAN e TAM em seus respectivos países, mas passa a se chamar LATAM Airlines(Latin American Airlines), uma companhia que contará com mais de 200 aeronaves, 40.000 funcionários e atenderá 115 destinos em 23 países, tornando-se a maior na América Latina e possibilitando uma concorrência mais forte diante das gigantes europeias e norte-americanas.
A união ainda depende de aprovação da ANAC e dos acionistas da TAM, e ao se observar com detalhes o acordo percebe-se que de certa forma o que está ocorrendo é a compra da TAM pela LAN através de movimentos acionários, o que é perfeitamente entendível já que a chilena é quatro vezes maior em termos de importância econômica, apesar de ter menos aviões. Porém, a garantia de que a brasileira não perderá totalmente sua identidade está no fato de que a direção da LATAM será composta por atuais executivos das duas companhias.
A partir de agora o mercado de aviação na América Latina entra em uma nova fase, na qual outras empresas menores devem se unir para fazer frente à nova gigante, ou até mesmo serem adquiridas por esta.
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